A casa está uma bagunça, ninguém encontra nada e até o cachorro sumiu! Muitos lares e até mesmo empresas sofrem com falta de organização, por mais que se tente arrumar, às vezes falta tempo ou conhecimento para conseguir manter tudo no lugar. Uma nova profissão que está chegando ao mercado brasileiro promete ser a solução para esse problema tão comum: personal organizer.
Ao pé da letra, o termo quer dizer “profissional da organização”. Mais do que uma faxineira, ou uma empregada doméstica, a personal organizer é uma consultora que, após cursos e treinamentos específicos, desenvolve a habilidade de enxergar caminhos e formas não só de arrumar, mas também de conservar a organização.
O trabalho, que também pode ser executado por homens, tem 98% de presença feminina. Elas oferecem consultoria a casas, escritórios e empresas, auxiliando na organização do ambiente e propondo melhorias.
“A profissão de personal organizer vem tomando mais corpo nos últimos dois anos. Temos sentido aumento do interesse em conhecer mais sobre essa nova ocupação”, diz José Luiz Cunha, fundador do portal Organize sua Vida.
Ele explica que da mesma forma que uma decoradora é perita em saber onde estão os fornecedores e tem o conhecimento para combinar cores e objetos, a personal organizer é especialista em entender o problema de organização do espaço em questão e dá opções de aprimoramento. “Ela sabe quais produtos podem ser utilizados, dá ferramentas para o ambiente, além de fazer a aplicação das soluções ela mesma. A profissional cria um sistema de inteligência que se mantém arrumado”, diz Cunha.
A procura por esse tipo de emprego surge de pessoas que querem uma segunda fonte de renda, um negócio próprio e que já têm interesse por tema. “Muitas donas de casa, que já trabalharam em outra coisa, mas agora querem ser donas do próprio nariz, viram nessa área a possibilidade de crescer. São mulheres entre 35 e 60 anos”, afirma o CEO.
Quem contrata o serviço normalmente são empresas ou pessoas que não têm tempo ou disciplina para pensar em um sistema de organização sozinhos. “As pessoas não têm ideia de onde começar, aí surge a necessidade de alguém especializado no assunto”, explica.
Cunha conta que os Estados Unidos são referência na área. A indústria de organização americana conta até com uma associação própria, que reúne mais de 4000 profissionais e empresas prestadoras de serviço.
A remuneração varia, pois depende de modelos de cobrança que podem ser feitos por hora, ambiente (conforme o tamanho), orçamento ou por dia. O salário também está sujeito a mudanças conforme a clientela, especialização (tipo de organização) e tempo disponível. Mas Cunha afirma que é possível cobrar de R$50 a R$150 por hora.
Ele dá três dicas de organização para você que quer começar já dentro de casa:
“São três etapas:
Consolidação: Olhar tudo o que você tem, separar o que não usa mais, o que não precisa e não deveria estar lá e jogar fora. Algumas coisas podem ir para doação, outras podem servir para outros ambientes ou até mesmo familiares.
Categorização: Criar um sistema para classificar, dando nomes às áreas e etiquetando. Por exemplo: essa parte da prateleira é para temperos. Essa gaveta é para documentos pessoais.
Definição: Estruturar uma forma de designação para cada objeto. Tudo tem o seu lugar”
Marina Finco
Em "Delírios de Consumo de Becky Bloom", a protagonista tinha muita dificuldade de organizar suas muitas roupasDivulgação